terça-feira, 12 de novembro de 2013

Vinte anos depois

As redes sociais são praticamente essenciais na vida das pessoas. Seja para conversar com amigos, vender serviços e produtos, fuxicar a vida alheia... enfim, eu as classificaria na categoria de mil e uma utilidades.

Neste fim de ano, o Facebook foi, digamos, um grande amigo, pois foi através dele que eu reencontrei velhos amigos.

Dia desses, recebi uma notificação para um grupo. Não acreditei no que vi: amigos que estudaram comigo do jardim de infância até a quarta série (sou velha, pois hoje em dia se diz quinto ano). Quem já passou por isso, sabe exatamente a sensação boa que é reencontrar esta galerinha que tanto fez parte da melhor época da vida.

Papos infinitos através do grupo, até que alguém vestiu a fantasia de promoter e resolver marcar um encontro. Seria muito fácil se ainda fôssemos apenas estudantes, mas com a vida corrida, virou praticamente uma missão impossível (com direito à música do filme do Tom Cruise).

Depois de muita discussão, marcamos dia, hora e local. Claro que seria um churrasco com sambão no maior estilo carioca.

Quando cheguei, era como se um filme passasse ali, diante dos meus olhos, mas claro que um filme velho, da década de 80. Reencontrar uma boa parte da turma foi sensacional. Poderia usar vários adjetivos para descrever o momento, mas sensacional é a palavra!

No caminho, fiquei com medo de não nos entrosarmos bem, mas a sensação era de que tínhamos nos visto no dia anterior. Todos conversando numa boa, contando suas vidas. Alguns já estavam casados e com filhos, outros separados... Tinha estilo de vida para tudo que é gosto.

Saí do churrasco tão feliz de reencontrar o pessoal e saber que todos estão bem, que fiquei com sensação de “quero mais”.

Nem todos puderam ir, pois com a vida enrolada, não deu, mas a intenção é fazer com que o encontro seja anual.  E assim seja!


Indecisão dos 30

Em junho deste ano, completei 30 anos.

Atualmente vejo como a idade da moda. Passo pelas bancas e olho na capa de várias revistas consideradas femininas, chamadas apontando como a vida após os 30 é boa. Como o sexo e as atitudes melhoram e várias receitas de cremes rejuvenescedores.

De fato, acho que estou melhor aos 30 que aos 20. E não escrevo isso para me sentir melhor. Realmente me vejo como uma pessoa mais calma, que se preocupa menos com besteiras (claro que nem sempre) e por incrível que pareça, mais bonita também (papel de elogiar do maridão está em dia).

Nunca fui do tipo que se preocupava com a pele... até a véspera dos 30. Fiquei tão enlouquecida com a possibilidade de milhões de pés de galinha que engoli todo meu lado pão dura e sem pensar muito (pois se pensasse não o faria) me rendi ao novo mundo dos cremes anti-idade.

Passada a nova fase da busca pela fonte da juventude, algo mais profundo começou a me preocupar: será que realmente trabalho no que gosto? É isso que eu quero para minha vida?

Atualmente estou numa completa crise sobre meu futuro profissional. Sinto que ainda não faço algo pelo qual sou completamente apaixonada e eu realmente fico encantada quando vejo reportagens de pessoas que são completamente felizes com as suas profissões.

Decidi que vou parar de empurrar minha vida profissional com a barriga. Tenho que fazer algo que odeio: refletir. No momento, acho que posso fazer várias coisas, ao mesmo tempo que não posso fazer nada. Tenho ideias, mas sem um caminho para trilhar. Pode parecer preocupação dos vinte e poucos anos, mas em mim, veio tarde. Veio aos 30.


Hoje começa a busca pelo objetivo e vamos ver no que vai dar...