Em junho deste ano, completei 30 anos.
Atualmente vejo como a idade da moda. Passo pelas bancas e olho
na capa de várias revistas consideradas femininas, chamadas apontando como a
vida após os 30 é boa. Como o sexo e as atitudes melhoram e várias receitas de
cremes rejuvenescedores.
De fato, acho que estou melhor aos 30 que aos 20. E não escrevo
isso para me sentir melhor. Realmente me vejo como uma pessoa mais calma, que
se preocupa menos com besteiras (claro que nem sempre) e por incrível que
pareça, mais bonita também (papel de elogiar do maridão está em dia).
Nunca fui do tipo que se preocupava com a pele... até a
véspera dos 30. Fiquei tão enlouquecida com a possibilidade de milhões de pés
de galinha que engoli todo meu lado pão dura e sem pensar muito (pois se
pensasse não o faria) me rendi ao novo mundo dos cremes anti-idade.
Passada a nova fase da busca pela fonte da juventude, algo
mais profundo começou a me preocupar: será que realmente trabalho no que gosto?
É isso que eu quero para minha vida?
Atualmente estou numa completa crise sobre meu futuro
profissional. Sinto que ainda não faço algo pelo qual sou completamente
apaixonada e eu realmente fico encantada quando vejo reportagens de pessoas que
são completamente felizes com as suas profissões.
Decidi que vou parar de empurrar minha vida profissional com
a barriga. Tenho que fazer algo que odeio: refletir. No momento, acho que posso
fazer várias coisas, ao mesmo tempo que não posso fazer nada. Tenho ideias, mas
sem um caminho para trilhar. Pode parecer preocupação dos vinte e poucos anos,
mas em mim, veio tarde. Veio aos 30.
Hoje começa a busca pelo objetivo e vamos ver no que vai
dar...
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